Através da névoa
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3 (Capítulo Paralelo) Chegada

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Mensagem por Will Mikkelson Sex Jul 15 2016, 23:38

A place you can escape the world, where the dark lord cannot go. (Rivendell – RUSH)

Lentamente, Will acordou naquela manhã cinzenta, e levou um tempo para se lembrar de onde estava. Olhou ao seu redor, seu refúgio solitário, e percebeu que essa foi sua última noite sozinho. Tio John estava certo, ele havia encontrado a esperança. Levantou-se e anotou mentalmente a localização do acampamento que ele avistou, bem no centro do parque. Rapidamente, arrumou seus poucos pertences: a mochila com suprimentos, a jaqueta de caça, o canivete no sapato, a faca improvisada que usava no novo coldre de pele de coelho e se preparou para sair. Quando estava na escada, lembrou-se de retirar a tabua com inscrições sobre o acampamento, para que não fosse descoberto por nenhum monstro. Agora sim, pensou ele, tudo ok.
~*~*~
Chegar ao parque foi a parte fácil. O problema seria localizar o acampamento. Logo na entrada, Will viu uma placa com um mapa muito desbotado do parque, quase ilegível, e parou para tentar encontrar um ponto de referência, mas tudo que encontrou foi algo falando sobre um zoológico próximo ao centro do parque
- É um local grande e com várias construções – disse para si mesmo – pode ser que o acampamento seja lá. Ou talvez seja um bom ponto para começar a procurar alguém... -Decidiu que seguiria para o tal zoológico, já que era um local importante e certamente haveria uma trilha e placas para guiar seu caminho.
Havia uma trilha, mas estava irreconhecível. As placas? Quando estavam lá, ilegíveis ou totalmente deterioradas. Will vagou por algumas horas, indo e vindo, perdido e desorientado naquele mar de árvores, até encontrar um novo mapa legível. Só precisava seguir reto por alguns minutos e... A trilha sumiu. Apagada, coberta por mato, e completamente destruída, um ato claro de preservação. Aquele lugar não deveria ser achado por qualquer um.
Will teve que ir pela intuição e pela audição. Fazendo o mínimo de barulho possível, como fizera milhões de vezes antes, ouviu. Silêncio. A princípio nada se ouvia, mas, ao se acostumar com os sons da floresta, identificou o leve som de vozes, algumas centenas de metros a sua frente. Novamente em movimento, com a mão no cabo da faca por precaução, Will seguiu o som das vozes, que ia ficando cada vez mais alto, mas ainda indecifrável.
Finalmente, após horas vagando, encontrou uma pessoa, a julgar pela postura, um guarda. Era um rapaz magro, não muito mais velho que Will, na casa dos seus vinte anos. Emergindo das sombras, Will levantou os braços, em sinal de que não tinha a intenção de atacar o abrigo
-Estou procurando ajuda. Perdi tudo, meu tio me disse que encontraria minha família aqui em Nova York. Ele morreu. Encontrei este acampamento. Por favor, me ajude.
- Não posso permitir – respondeu o guarda – este é um local protegido, não podemos simplesmente deixar que qualquer um entre.
-Eu imploro! Eu vim de longe, minha única esperança é esse acampamento, por favor!
O guarda hesitou por um instante, claramente em dúvida sobre o que fazer. Não lhe parecia justo impedir o jovem de entrar, afinal, todos um dia precisaram de uma ajuda. Mas, ele pensou, esse cara escolheu o pior momento para chegar aqui...
-Olha, cara... não é que eu não queira te ajudar, mas as coisas por aqui estão meio tensas. – Ele fez uma pausa. – Olha, faz o seguinte, entra, e segue pela via principal, aqui pela direita, até chegar a um anfiteatro, lá está acontecendo um... como eu posso explicar? É uma espécie de exibição entre os nossos combatentes. Quando acabar, procure um cara chamado Seven, ele é o líder do time azul e vai te explicar melhor o que está acontecendo e quem somos. O mais importante – prosseguiu ele – fique longe do time vermelho, o líder deles é bem hostil com novos refugiados. Entendeu tudo?
- Direita, anfiteatro, combate, Seven, time azul, longe do time vermelho – Will assentiu – Entendi, muito obrigado... Eu não sei seu nome
-Smith – respondeu o garoto, esticando a mão – Diga ao Seven que eu que o deixei entrar
-Will. Então, neste caso, muito obrigado, Smith.
Seguiu caminhando, conforme lhe dissera Smith, pelo complexo e aproveitou para estudar um pouco do local. Notou várias cabanas, barracas e casebres improvisados, provavelmente haveriam centenas de pessoas no local. Os antigos prédios do zoológico ainda estavam preservados, sinal de que havia alguma utilidade para eles, reuniões ou comando?
Em pouco tempo estava no tal anfiteatro, e se surpreendeu com o que viu. Por um instante, achou estar em um daqueles filmes sobre a Roma Antiga com gladiadores lutando em um coliseu, até a morte. Exceto que os gladiadores aqui não pareciam ser muito mais velhos que Will, o mais velho não aparentava ter mais de 25 anos. O mais chocante foi ver sorrisos nos rostos da plateia e até mesmo dos gladiadores.
- Pra onde você me mandou, tio John?

Will Mikkelson
Figurinha nova


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